Eu dei início a essa campanha no meu antigo blog, em 2013. Como não quero mais dar manutenção no blog via Blogger, resolvi trazer o texto para cá, atualizando informações e incluindo doação de plasma que não tinha na campanha original.
Um breve contexto. Eu era doadora assídua de sangue e ainda sou doadora cadastrada para medula óssea, porém desde que tive trombose em 2014, não posso mais doar sangue. Isso só me incentivou a espalhar ainda mais essa campanha, para que outras pessoas possam fazer a doação em meu lugar.
A Campanha DOA-SE é para conscientizar e incentivar mais pessoas para doar sangue, medula óssea, plaquetas e plasma. Passei um bom tempo recolhendo TODAS as informações possíveis para fazer aqui um enorme FAQ com TUDO sobre cada uma das doações.
Caso deseje aderir à campanha e usar o banner em seu site, como nos velhos tempos da internet, no final da página tem algumas opções.
Por favor, tome um pouco de seu tempo e se informe aqui. É de extrema importância e deu trabalho reunir tanta informação.
O texto é longo, e está dividido em quatro sessões: doação de sangue, doação de medula óssea, doação de plaquetas, e doação de plasma.
Essa página sempre será atualizada caso eu encontre novas informações ou algo mude com o passar do tempo.
A última atualização ocorreu no dia 31 de agosto de 2025.
DOAÇÃO DE SANGUE
Intervalo mínimo para doação é 3 meses para pessoas do sexo feminino (máximo de 3 doações a cada 12 meses), e 2 meses para pessoas do sexo masculino (máximo de 4 doações a cada 12 meses).
Cada bolsa de sangue pode salvar a vida de mais de um paciente.
Caso precise, você tem o direito anual de um dia de folga do trabalho para doar sangue.
Aqui você encontra os principais postos de doação de sangue do Estado de São Paulo. Se informe na sua região qual o mais próximo de você (o site do governo do seu Estado poderá ter mais informações).
O que é necessário para doar:
Ter entre 18 e 69 anos
Doadores com idade de 16 e 17 anos são aceitos para doação mediante presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal (contate o hemocentro da sua região sobre documentação necessária nesse caso)
O limite de idade para primeira doação é de 60 anos
O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo
Pesar no mínimo 50 kg
Apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial (RG, carteira de motorista, carteira profissional, etc)
Ter repousado bem na noite antes da doação
Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas, nas quatro horas que antecedem a doação
Não ingerir bebidas alcoólicas nas últimas 24 horas
Não fumar 1 hora antes da doação
Aguardar 3 horas após refeições pesadas (exemplo, almoço)
Quem não pode doar:
Quem tem ou teve as seguintes doenças: Hepatite após os 10 anos de idade, Lepra (Hanseníase), Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto, Doença autoimune, Doença de Chagas, Aids, alguns problemas cardíacos, Diabetes, Câncer, Malária, doenças associadas aos vírus HTLV I e II
Gestantes ou quem esteja amamentando bebê com menos de 12 meses
Quem faz uso de alguma droga ilícita injetável
Impedimentos temporários da doação:
Quem passou por situação que há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, esperar 6 meses
Quem fez tatuagem, caso feito em estabelecimento respeitando a segurança biológica esperar 6 meses, caso contrário esperar 1 ano
Quem fez piercing ou brinco, caso em local de pele mucosa esperar 1 ano, caso contrário esperar 6 meses
Quem fez transfusão de sangue, esperar 1 ano
Quem teve gripe, dor de garganta, febre e diarreia, esperar 15 dias
Quem fez endoscopia, colonoscopia, colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia, esperar 6 meses
Medicamentos: o uso de alguns medicamentos pode impedir a doação, leve consigo o nome dos remédios que esteja tomando ou tomou recentemente para informar aos funcionários no questionário e saber se poderá doar ou não
Quem tomou antibiótico, esperar 15 dias após tomar o último
Quem utilizou corticoide, esperar 48 horas após o último uso
Quem fez uma extração dentária, esperar 7 dias
Quem fez cirurgia odontológica com anestesia geral, esperar 4 semanas
Quem fez cirurgia por causa de apendicite, hérnia, amigdalectomia ou varizes, esperar 3 meses
Vacinação: o tempo de espera para doar varia para cada vacina. Vacina da gripe esperar 48 horas, covid-19 esperar 7 dias, dengue esperar 4 semanas; para outras vacinas consulte o seu hemocentro local ou um médico
Pós-parto: caso parto normal esperar 3 meses; caso cesariana esperar 6 meses
Quem teve diagnóstico ou suspeita de covid-19, esperar 1 semana após cura
Teste positivo de covid-19 mas assintomático, esperar 10 dias após o teste
Quem teve contato com outras pessoas contaminadas por covid-19, esperar 7 dias desde o último contato
Dengue: caso não hemorrágica esperar 4 semanas após a cura, caso hemorrágica esperar 6 meses após recuperação completa
Malária e Febre Amarela podem variar de indicação de acordo com a situação (se a pessoa vive em região com alta prevalência ou surto das doenças, se apenas visitou, ou se foi contaminado), consulte seu hemocentro local ou um médico
Herpes: caso labial espere o desaparecimento total das lesões, caso Zoster esperar 6 meses após a cura
ATENÇÃO! Esses são os itens mais comuns que impedem uma doação de sangue, mas não se limitam à essa lista. Sempre seja honesto na entrevista que antecede a doação para sua própria segurança e dos potenciais receptores do sangue doado.
Após a doação:
Ingerir bastante líquido
Não fumar por 2 horas
Não realizar exercícios intensos no dia da doação
Não exercer força com o braço puncionado
Esperar cerca de 30 minutos com o braço puncionado esticado para cicatrização
Mitos sobre doar sangue:
Doar sangue não afina nem engrossa o sangue
Doar sangue não engorda nem emagrece
Quem doa uma vez não é obrigado a doar sempre, é um ato voluntário
Não há risco de contaminação por doença, os materiais são descartáveis e não são reutilizados
Pessoas LGBTQIAP+ podem doar sangue e não devem ser recusadas apenas pela orientação sexual
Pode acontecer após doar sangue:
Queda de pressão
Tontura
Náusea
Vômitos
Hematoma no local puncionado
Dor ou dificuldade de movimentar o braço puncionado
Lembrando que onde você estiver doando há atendimento imediato caso você passe mal durante ou após a doação. Os itens acima podem ou não acontecer, mas não são frequentes.
Sobre o procedimento da doação:
Caso seja sua primeira doação no local, precisará fazer cadastro na recepção (nome completo, RG, endereço, etc). Caso contrário será mais rápido, precisando apenas se identificar ou apresentar sua carteira de doador do local.
Ocorre a pré-triagem, onde farão teste de glicemia (a famosa picadinha no dedo para ver se não está anêmico), pedirão que informe sua altura e peso, e em alguns locais poderão medir sua pressão e pulsação.
Caso até aí você esteja apto para a doação, será chamado para um questionário pessoal, particular e confidencial. Seja sincero e responda a verdade, é importante para saber já nesse momento se algo pode impedir a doação. As perguntas são coisas do tipo "fuma? costuma ingerir bebida alcoólica? está menstruando? está grávida ou amamentando? quais remédios você costuma tomar?"
Se você foi aprovado para doar nesse momento, agora sim você irá para as cadeiras reclinadas, deitará e a equipe de enfermagem irá colocar a agulha que liga a uma bolsa de sangue de aproximadamente 450 ml. Também coletarão pequenas amostras de sangue para os testes obrigatórios por lei (doenças: sífilis, hepatite B, hepatite C, HIV, HTLV, chagas; identificação do seu tipo sanguíneo).
Na saída oferecerão lanche. Lembre-se de ingerir bastante líquido durante o resto do dia para repor o volume de sangue que foi retirado na doação. O procedimento todo demora 30 minutos ou mais, dependendo do fluxo de sangue e a movimentação de doadores no local.
Cerca de um mês depois você irá receber seu cartão de doador junto com os resultados dos exames realizados.
Observações importantes:
Podem ocorrer resultados falsos positivos, sem que, necessariamente, signifiquem doenças nos testes feitos após a doação.
A doação não é um meio de fazer teste para AIDS ou outro agente infeccioso, pois há um período entre a infecção e a sua identificação pelos exames laboratoriais, chamado de Janela Imunológica, que pode varias de semanas até 12 meses dependendo do tipo de agente infeccioso. Durante o período de janela imunológica os testes laboratoriais revelam-se negativos e o agente infeccioso pode ser transmitido através de transfusão de sangue. Portanto, é extremamente importante ser honesto no momento do questionário durante o processo da doação, para garantir a sua saúde e a do paciente que precisa do sangue.
DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA
Mitos sobre a doação de medula óssea:
Você não irá doar sua medula no mesmo dia do cadastramento assim como se faz com sangue, você irá apenas se cadastrar e será chamado depois se aparecer algum paciente compatível
Medula óssea não envolve a coluna, isso se chama medula espinhal
Você não corre risco de ficar paralítico ao doar, afinal, não é na coluna que está a medula óssea
A medula óssea fica dentro de ossos grandes, como o fêmur e a bacia
Na hora da doação propriamente dita, o doador e paciente compatíveis não precisam estar na mesma cidade, podem até estar em cidades diferentes. A AMEO (Associação da Medula Óssea) transporta a medula óssea do doador de onde ele estiver até o paciente que precisa.
Cadastro:
Você precisa ter entre 18 e 35 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Lembre-se que uma vez no cadastro, poderá ser chamado, se identificado como compatível com algum paciente, até os 60 anos.
O cadastro ocorre em um hemocentro. Busque o hemocentro mais próximo de você informando seu CEP aqui no site do REDOME (Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea). E lembre de levar um documento de identificação oficial.
Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com aproximadamente 10 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente (sistema de histocompatibilidade).
Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador. Você pode sempre atualizar seu cadastro no site da REDOME.
Condições impeditivas para cadastro e doação:
Pessoas diagnosticadas com Aids não podem se cadastrar
Pessoas com DST tratadas (Herpes, HPV, Clamídia e Sífilis) podem se cadastrar
Hepatite A: se curada pode fazer cadastro e doação
Hepatite B: com carga viral negativa pode fazer cadastro e avaliado para doação
Hepatite C: não pode ser cadastrado
Pessoas que tenham qualquer tipo de câncer não poderão ser cadastrados nem doar, exceto casos de câncer de pele ou de colo de útero que foram tratados somente com cirurgia
Epilepsia: com a doença controlada, sem uso de medicação e crise há mais de três anos, pode ser cadastrado
Não é permitido o cadastro em casos de Artrite Reumatóide, Lupus, Fibromialgia, Esclerose Múltipla, Síndrome de Guillain-Barré, Púrpura, Síndrome Antifosfolipídica, Síndrome de Sjogren, Doença de Crohn, Espondilite Anquilosante
Pessoas com vitiligo sem uso de medicação podem se cadastrar
Pessoas com caso de Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves tratadas com sucesso e situação clínica estável podem ser cadastradas
Psoríase: somente se controlada (no caso de uso de medicação tópica) pode se cadastrar
Asma: com uso de bombinha inalatória pode se cadastrar e doar
Hipotireoidismo: pode se cadastrar e doar
Hipertireoidismo: não pode se cadastrar nem doar
Diabetes: consulte seu médico para analisar a situação clínica atual; em casos de diabetes bem controlada o cadastro será permitido; porém caso a diabetes necessite de insulina ou outra medicação injetável para tratar a própria doença ou doenças renais, cardíacas, do nervo ou dos olhos (relacionadas com a Diabetes), o cadastro não será permitido
Pessoas com esquizofrenia estão impedidas de realizar o cadastro
Tuberculose Pulmonar: é liberado o cadastro e doação após cinco anos de tratado
Tuberculose Extrapulmonar: não é permitido o cadastro nem doação
Em caso de Alcoolismo Crônico o cadastro não é permitido
Cocaína: liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização; no caso de uso injetável, é impedido o cadastro
Crack: liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização
A complexidade de compatibilidade e a importância do cadastro:
Quem precisa do transplante de medula óssea normalmente tem seu sistema imunológico comprometido (exemplo de causa é leucemia), ou seja, suas células de defesa (glóbulos brancos/leucócitos) não o protegem como deveriam de doenças, deixando o paciente vulnerável, podendo reduzir a vida do paciente em alguns anos ou meses dependendo da gravidade.
Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!
Isso se deve que o sistema de histocompatibilidade é altamente mutável, ele evolui muito rápido e a variedade é gigantesca, afinal, é graças a essa diversidade que uma espécie não é extinta por doença.
Pais não podem doar pois eles não são 100% compatíveis com seus filhos, cada um é 50% compatível. A maior chance de um paciente é seus irmãos, ou parentes mais próximos. A chance de encontrar um compatível fora da família do paciência é mínima, por isso é importante que exista o maior número possível de doadores de medula óssea cadastrados.
A doação:
Há dois métodos de doar, dependerá da sugestão do médico de qual é melhor para atender o paciente que precisa da medula. Pode ser que você tenha opção de escolher, mas não é garantido.
Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.
Primeiro método:
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. É realizada uma injeção no osso da bacia para retirar um pouco da medula óssea dentro dele (é considerado o osso mais macio para esse procedimento). Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Segundo método:
Existe uma outra forma de obtenção das células-tronco da medula óssea, que utiliza uma máquina específica (aférese) para separar do sangue periférico (corrente sanguínea), as células necessárias para o transplante. Neste caso, o doador tem que receber um medicamento antes da doação (fator de crescimento), que estimula a medula óssea a liberar estas células para a corrente sanguínea. Esta técnica só é utilizada em casos específicos, sob decisão médica e com consentimento do doador. Em geral, o processo de coleta dura de 4 a 6 horas. O efeito colateral do medicamento são dores no corpo que melhora com um analgésico.
Importante:
Temos pouquíssimos doadores cadastrados no banco da AMEO para a quantidade de brasileiros e pacientes que precisam.
O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemia e outras doenças do sangue e do sistema imune. Então, por favor, faça seu cadastro e salve uma vida!
DOAÇÃO DE PLAQUETAS
Como é feita a doação de plaquetas?
Através de uma técnica e máquina especial, esse método se chama aférese.
O que é doação por aférese?
Aférese significa “separar” ou “retirar”. Portanto, através da doação por aférese é possível retirar apenas uma das células do sangue total.
A doação de plaquetas por aférese é o procedimento mais comum.
O que são plaquetas?
São células do sangue responsáveis pela coagulação.
As plaquetas são produzidas na medula óssea e podem ser armazenadas no baço. Quando um vaso ou órgão é lesado, as plaquetas se prendem ao local formando uma barreira que evita o sangramento.
Como é feita a separação de plaquetas por aférese?
A equipe de enfermagem conecta o doador à máquina de aférese, através de punção venosa em ambos os braços.
Por centrifugação a máquina separa o sangue do doador e retira somente as plaquetas, devolvendo as outras células ao doador. O sangue não entra em contato com a máquina e sim, com um material descartável e estéril que se chama Kit.
O procedimento dura aproximadamente 60 minutos.
Doar plaquetas por aférese é seguro?
É totalmente seguro. Não há risco de se contrair qualquer doença, porque utiliza-se materiais estéreis e de uso único.
Durante este processo, a máquina coleta 10% das plaquetas circulantes no organismo do doador. A medula óssea do doador facilmente repõe esta quantidade de plaquetas em 24 horas, e as doações por aférese podem ser repetidas a cada 48 horas sem prejuízo ao doador.
Quem recebe as plaquetas?
São pacientes que sangram devido a baixa contagem de plaquetas por causa de leucemias, câncer, anemia aplástica, quimioterapia, radioterapia e etc.
As pessoas submetidas a transplante de medula óssea também necessitam de muitas transfusões de plaquetas.
Como a aférese ajuda os pacientes?
Uma doação por aférese contém 8 vezes mais plaquetas do que numa doação tradicional. Então, em vez do paciente ser transfundido com plaquetas de 8 doadores, através da aférese é necessário apenas um doador.
Por que doar sangue por aférese?
Para colaborar com os pacientes que necessitam de grande quantidade plaquetas.
Este tipo de doação proporciona resultados benéficos ao paciente, sem prejudicar a saúde de quem está doando.
Quem pode ser doador de plaquetas?
Precisa ter idade entre 18 e 60 anos, pesar acima de 60 kg, ser uma pessoa saudável com ótimas condições de veias e que seja facilmente localizado quando for necessário doar. Tenha disponibilidade de aproximadamente 2 horas para a doação.
Comparecer ao Hemocentro mais próximo com documento de identidade, onde o doador passará por entrevista e será coletado exames sorológicos para Hepatite, AIDS, Chagas, Sífilis, HTLV e hemograma com contagem de plaquetas.
Os requisitos e impedimentos para a doação de sangue também se aplicam para a doação de plaquetas.
Qual o tipo de sangue ideal?
Todos os tipos de sangue são ideais e necessários. O que é recomendado é dar preferência ao doador com ABO compatível ao paciente (se for o caso de estar indo doar por campanha para ajudar uma pessoa específica).
Recomendações ao doador de plaquetas por aférese:
O doador será convocado previamente para a doação, por isso, deverá deixar um telefone para contato.
O doador deverá comparecer ao Hemocentro no horário determinado com pontualidade.
O doador não deve fazer uso de medicamentos tipo AAS, Aspirina, anti-inflamatório, etc. Se houver necessidade do uso destes medicamentos, entre em contato com a enfermagem do setor de aférese e comunique o fato.
Os exames sorológicos terão validade por 10 dias. Se neste período o doador não fizer nenhuma doação, será necessário nova coleta de exames.
No dia da doação o doador deve se alimentar normalmente, sendo que bebidas alcoólicas e alimentos muito gordurosos devem ser evitados desde a véspera da doação.
Recomenda-se no dia da doação a ingestão de alimentos pobres em gorduras e ricos em cálcio (leite, queijo fresco, etc).
ATENÇÃO! A doação de plaquetas não é aconselhada para mulheres que já tiveram filhos. Mulheres que já passaram por pelo menos duas gestações não podem doar de forma alguma para não prejudicar sua saúde.
Sobre os intervalos de doação
Lembrando que é necessário provavelmente marcar horário no hemocentro mais próximo, pois depende muito da disponibilidade dos aparelhos da doação.
Após doar sangue, espere 30 dias para poder doar plaquetas.
Doar plaquetas pode ser feito uma vez por semana sem problemas se estiver com saúde, mas não poderá ultrapassar 24 doações em 12 meses.
DOAÇÃO DE PLASMA
A doação de plasma é menos rotineira, no Brasil ela costuma ser incentivada em situações extraordinárias como foi na pandemia de Covid-19. As informações a seguir serão mais relevantes para essas situações.
Ao realizar uma doação de sangue, você já estará doando plasma também, pois a bolsa de sangue resultante da doação irá passar por fracionamento via centrifugação, que separa o sangue em três: hemácias, plaquetas e plasma.
Por que doar plasma?
O plasma do sangue carrega água, sódio, outros nutrientes, mas principalmente anticorpos. Os principais beneficiados de doações de plasma são pessoas imunossuprimidas num geral, onde o sistema imunológico delas não produz adequadamente anticorpos.
Como é feita a doação de plasma?
Há dois métodos: via doação de sangue, onde os outros componentes do sangue são descartados; ou via plasmaférese.
Realizando o processo via plasmaférese, demora cerca de uma hora desde a triagem (que é a mesma de uma doação de sangue normal), a aferição de temperatura e pressão, a avaliação do acesso venoso e a coleta em si, que leva em torno de 40 minutos.
Na plasmaférese usa-se somente um braço, tanto para tirar o sangue, que é centrifugado na máquina para retirar o plasma, quando para devolver ao doador os componentes que não serão usados.
A vantagem do método da plasmaférese, é que o corpo consegue se recuperar mais rapidamente do que de uma doação de sangue completa, possibilitando que a doação seja realizada mais frequentemente. A frequência máxima para a doação é a cada 2 dias, e não mais que duas vezes durante um período de 7 dias.
É importante que o doador se mantenha bem hidratado para otimizar sua recuperação.
Quem pode doar plasma?
As regras para doar plasma são as mesmas seguidas para doar sangue. Pessoas que já receberam transfusão de sangue não poderão doar plasma.
ATENÇÃO! Pessoas do sexo feminino com filhos ou gestantes NÃO podem doar plasma, pois possuem anticorpos que podem causar uma reação grave em quem recebe a doação (TRALI, uma lesão pulmonar que pode ocorrer até 6 horas após a transfusão).
Consulte sempre mais informações no hemocentro da sua região.
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